INTEGRAL CERTIFICAÇÕES AGORA É FAIRFOOD

Queijaria Lininho é destaque em matéria de capa da Revista Campo
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A Revista Campo, produzida pelo Sistema FAEG, trouxe uma matéria especial, sobre o mercado de queijarias artesanais em Goiás, destacando o potencial de crescimento e de ganho de força no Estado, por meio da organização de produtores, qualificação e aprimoramento de técnicas. Confira, no artigo, um pouco da história da Queijaria Lininho, que conta com o Selo Arte e o Selo Vacas A2A2.

Localizado em Alexânia, a 119 km de Goiânia e a 74 de Brasília, a Queijaria Liniinho fabrica e comercializa produtos artesanais para vários locais do país, como São Paulo, Salvador, Maceió, Rio de Janeiro, Brasília e municípios goianos, além de ter Selo Arte e Selo Vacas A2A2 da Integral Certificações. Mas quem acompanha hoje o trabalho desenvolvido na queijaria não imagina que há quase cinco anos a propriedade rural quase fechou as portas. É que a proprietária, Noelia Beltran, herdou a fazenda após o falecimento do pai, e na época não tinha conhecimento necessário para dar continuidade ao negócio. Ao conhecer melhor a estrutura, ela e o marido, Vittorio Beltran, resolveram assumir a atividade de pecuária e trabalhar com queijaria também.

Para colocar o empreendimento ‘de pé’, fizeram pesquisa de mercado e buscaram apoio técnico profissional. A engenheira de alimentos, Mariele Garaffa, foi a responsável por prestar consultoria aos dois. “Comecei a atendê-los, prestando consultoria na parte estrutural para conseguir o Selo Arte e também na área de produção e desenvolvimento de novos produtos. Fiz toda a parte documental. Na época, eles tinham apenas um cômodo e, assim que iniciei o trabalho, fizemos a aquisição de tanques para fabricação de queijos. Foram necessárias algumas adaptações para conseguir o Selo Arte”, imforma. Ela lembra que os proprietários também queriam ter um diferencial de mercado, por isso exploraram um nicho pouco trabalhado em Goiás, que é o do Leite A2 (ou A2A2). Mas para isso, foi preciso adaptar a produção, inclusive com a substituição de rebanho não selecionado por animais girolando registrados e genotipados A2A2.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o leite proveniente de vacas A2A2 é obtido a partir de animais selecionados e capazes de produzir apenas a beta-caseína A2, uma das proteínas do leite. Esse leite não desencadeia reações inflamatórias no organismo que provocam a má digestão ou fermentação. Ele é indicado a quem tem dificuldade de ingerir a beta-caseína A1. Diante deste contexto, o leite contendo somente beta-caseína A2 passa ser uma alternativa de melhor gestão para aqueles indivíduos que não são alérgicos mas que sentem algum grau de desconforto abdominal ao ingerir leite.

Atualmente, a fazenda possui 160 hectares, com uma média de 80 animais, sendo que 35 em lactação. No local, são produzidos mais de oito mil litros de leite por mês, que servem de matéria-prima para produção dos queijos artesanais. Na parte da queijaria, são três funcionários que trabalham na produção, um responsável pela entrega e uma responsável técnica, que é Mariele Garaffa. Por semana, são fabricados 200 quilos de queijo. “Produzimos o Tradicional, o Zero Lactose e o Tradicional com Manjericão. Até o próximo mês, devemos lançar o Queijo Montana, que tem tempo de maturação maior. Todos os outros que citados também são maturados e a gente usa fermento lácteo específico para produção. Eles são maturados, com temperatura e umidade controladas por uma média de 15 até 25 dias. O Montana será maturado, em média, por dois meses”, informa Mariele.

Para ela, o setor realmente tem crescido em Goiás e no Brasil, mas pode avançar ainda mais com o desenvolvimento de novos produtos, aumentando o valor agregado. “A gente vê o interesse do produtor em fazer um queijo diferente, em obter o Selo Arte, em estar trabalhar com uma qualidade diferenciada e agregar valor a seus produtos. E também na parte do consumidor. Hoje, a gente consegue observar pessoas que realmente tem interesse em queijo nobre, em queijo diferenciado, não é mais aquele queijo derretido para comer só com pão, por exemplo, ou colocar no salgado, na lasanha e usar na culinária. O consumidor está buscando um queijo diferente, um queijo que ele possa compartilhar com os amigos, tomando vinho ou café da manhã”, reforça.


Mais sobre a produção de queijos artesanais em Goiás

A produção de queijos artesanais cresce em Goiás, conquistando consumidores e produtores, que passaram a investir cada vez mais na atividade. O negócio movimenta o campo e as cidades, estimulando o turismo e a economia local. O impulso ao mercado se deve a vários fatores, inclusive à possibilidade de obter o Selo Arte, que atesta que o produto é de qualidade e segue regras sanitárias rígidas. Com a certificação, queijarias podem ampliar a comercialização dos produtos para várias regiões do País.


Cheios de história e sabor – por Fernando Dantas, especial para a Revista Campo

Produtores apostam em diferenciais para aprimorar a produção de queijos artesanais, conquistando mercados e consumidores. Incentivo passa pela qualificação e investimento n

Elaborado a partir de métodos tradicionais, com vinculação e valorização territorial, regional ou cultural, o queijo artesanal caiu no gosto da população, se tornando oportunidade e estratégia de geração de renda e agregação de valor, especialmente para pequenos produtores e agricultores familiares. É produzido em todas as regiões do País, com características locais, seguindo protocolos específicos estabelecidos para cada tipo e variedade, e com empreso de boas práticas agropecuárias e de fabricação.

No Brasil, a estimativa é que existam mais de 170 mil produtores de queijos artesanais, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuárias e Abastecimentos (Mapa). É um mercado promisso, que movimenta campo e cidade, fortalecendo o turismo e as áreas culturais e sociais de diferentes localidades do País. É tão importante para a economias, que o Brasil hoje figura entre os cincos maiores produtores de queijo artesanal do mundo, de acordo com as informações do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Apesar de ainda ser um mercado tímido, a produção de queijo artesanal de Goiás conquistou mais atenção e ganhou impulso após a entrega, em outubro de 2020, das primeiras habilitações Selo Arte para produtores do Estado. De lá para cá, seis queijarias foram certificadas com o selo de qualidade e estão em pleno funcionamento, produzindo e comercializando seus produtos. Criado pelo Mapa e desenvolvido no Estado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimentos (Seapa) e da Agência Goiana de Defensa Agropecuária (Agrodefesesa), o Selo Arte é uma forma de regularizar a fabricação artesanal de queijos, gerar renda ao produtor, com garantia de qualidade e controle sanitário dos produtos ofertados à sociedade.


O conteúdo desta matéria foi adaptado a partir da reportagem publicada na Revista Campo, edição 324 de Agosto de 2022. Clique aqui para acessar a edição na íntegra.


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